Preciso ter certeza que inventar nosso
encontro sempre foi pura intuição, não
mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido.
Para não morrer de sede, preciso de você agora,
antes destas palavras todas caírem no
abismo dos jornais não lidos ou jogados
sem piedade no lixo. Do sonho, do engano,
da possível treva e também da luz, do jogo,
do embuste: preciso de você para dizer
eu te amo outra e outra vez.
Como se fosse possível,
como se fosse verdade,
como se fosse
ontem e amanhã.
- Caio F. Abreu